segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Entrar por caminhos perigosos

Há duas semanas uma estagiaria aqui da empresa assinou contrato.
Tudo bem até aqui. Na França, para já, os estagiários no fim do estágio e se merecerem claro, podem ainda ficar a trabalhar na empresa. Pena que em Portugal isto já não acontece, mas isso é outra história.
A rapariga assina contrato e convida toda a gente para um lanche com croissants e doces... Toda a gente excepto eu! Ainda por cima o gabinete dela é ao lado do meu!!
Sem saber de nada, desci para a cafetaria e estavam lá todos a festejar, e claro que perguntei o que se passava e percebi que se tinha esquecido de mim. 10 pontos a menos.
A seguir, quando voltei ao meu gabinete lá tinha um mail dela a pedir desculpa pelo "esquecimento", ok, 8 pontos a menos, vá lá...
Na semana passada, eu e os meus colegas apercebemo-nos que a menina tem carro da empresa! Ninguém tem carro da empresa a não ser o nosso director. Mas porque raio criaram esta diferença??
Isto é o que eu chamo entrar por caminhos perigosos. Eu ando com o meu carro Português aqui. Quando negociei o contrato disseram-me que o carro não era opção negociável e agora dão carro a rapariga que é de cá?
Bem, está o caos gerado por aqui... Bem fez ela que se soube safar, mas agora quero ver como é que o nosso director vai lidar com o facto de na próxima avaliação de desempenho ter colaboradores insatisfeitos e a querer as mesmas regalias.
Abriu-se o precedente, notam-se desigualdades, gera-se insatisfação, criam-se grupos e clivagens na equipa.
Como é obvio, a rapariga agora é vista de lado pela maioria, no fundo ela é que se soube safar bem.
Interessante "case study" para os próximos meses, a ver como o meu chefe se vai safar desta.

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