Há duas semanas uma estagiaria aqui da empresa assinou contrato.
Tudo bem até aqui. Na França, para já, os estagiários no fim do estágio e se merecerem claro, podem ainda ficar a trabalhar na empresa. Pena que em Portugal isto já não acontece, mas isso é outra história.
A rapariga assina contrato e convida toda a gente para um lanche com croissants e doces... Toda a gente excepto eu! Ainda por cima o gabinete dela é ao lado do meu!!
Sem saber de nada, desci para a cafetaria e estavam lá todos a festejar, e claro que perguntei o que se passava e percebi que se tinha esquecido de mim. 10 pontos a menos.
A seguir, quando voltei ao meu gabinete lá tinha um mail dela a pedir desculpa pelo "esquecimento", ok, 8 pontos a menos, vá lá...
Na semana passada, eu e os meus colegas apercebemo-nos que a menina tem carro da empresa! Ninguém tem carro da empresa a não ser o nosso director. Mas porque raio criaram esta diferença??
Isto é o que eu chamo entrar por caminhos perigosos. Eu ando com o meu carro Português aqui. Quando negociei o contrato disseram-me que o carro não era opção negociável e agora dão carro a rapariga que é de cá?
Bem, está o caos gerado por aqui... Bem fez ela que se soube safar, mas agora quero ver como é que o nosso director vai lidar com o facto de na próxima avaliação de desempenho ter colaboradores insatisfeitos e a querer as mesmas regalias.
Abriu-se o precedente, notam-se desigualdades, gera-se insatisfação, criam-se grupos e clivagens na equipa.
Como é obvio, a rapariga agora é vista de lado pela maioria, no fundo ela é que se soube safar bem.
Interessante "case study" para os próximos meses, a ver como o meu chefe se vai safar desta.
Ui...e a guerra ainda agora comecou.....
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